Depois de muitos anos e, principalmente, pela intensificação da cobrança internacional, o Brasil deu os primeiros passos em prol da melhoria do ambiente de negócios no que diz respeito as “relações público privadas”, promulgando, no início deste ano, a chamada Lei Anticorrupção que vem ocupar uma lacuna ao melhor caracterizar os crimes de corrupção e definir punições mais rigorosas aos corruptores e às empresas.
Com isto, notamos que deu iniciou a um movimentos nas empresas em atuação no país com a criação ou aparelhagem dos “Departamentos de Compliance”, incluindo a nomeação de um executivo responsável pelo tema, os chamados “Compliance Officer”, dando-lhes autoridade dentro e fora dos muros corporativos.
Alguns especialistas arriscam dizer que a “Onda da Sustentabilidade”, batizada como greenwashing, poderá ser substituída pela “Onda do Compliance”. Esta afirmação é até possível, mas temos que destacar que uma “empresa compliance” não (necessariamente) é uma “Empresa Ética”, mas uma “Empresa Ética” é, naturalmente, uma “Empresa Compliance”.
Por este motivo que o Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios acredita que a expressão “Ética” deve estar (sempre) intimamente ligada e interligada a expressão “Compliance”, ou seja, o jargão corporativo tem que ser “Ética & Compliance” e não apenas Compliance, pois, desta forma, transparece que a palavra Ética é muito forte e traz em seu bojo confronto e desconforto, sendo mais suave utilizar apenas a palavra Compliance. Esquecem-se que o Compliance, faz parte, dever ser intrínseco a Ética e não o contrário.